Educar

José na escola, fazendo seu próprio "mamá"












O Construtivismo
11/04/12
Foi só começar a pensar na vida escolar do José para descobrir que haviam mil possibilidades.


Essa discussão me parecia prematura, afinal ele ainda está na pré, pré alfabetização. Mas foi só começar a busca pela escolinha ideal que esse assunto virou a pauta das conversas aqui de casa.


Simples e basicamente o construtivismo trabalha o desenvolvimento do ser humano a partir de sua interação com o meio. Valorizando suas descobertas e a forma singular como ele constrói seu conhecimento.


Não bastasse isso, com tias pedagogas e amigas psicólogas, a discussão foi ficando cada vez mais rica... então eu parti pra quem entende do assunto, e logo encontrei uma brilhante estudante que foi aluna do sistema construtivista, e ela prontamente contribuiu com algumas questões.


Sofia Marchetti é estudante de Museologia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, e estudou em uma escola construtivista da quarta a oitava sério (atuais quinto e nono ano).


A escolha do sistema construtivista pelos pais da Sofia se deu devido a dificuldade de adaptação de seu irmão mais novo ao sistema convencional de ensino. A pressão que este sistema exercia sobre ele, o levou ao psicólogo que sugeriu o sistema construtivista. As mudanças foram tão positivas, que os pais logo transferiram também a Sofia.


Sofia destaca ainda que na escola construtivista seu convívio com o "diferente" era normal ao ponto dela estranhar crianças que viam nos diferentes o "anormal". Ela cresceu convivendo com deficientes físicos e intelectuais, o que enriqueceu ainda mais os valores ensinados em casa. 


A pedagoga Ana Lucia de Barros ressalta que "...conviver com o diferente faz a criança perceber a diversidade como algo normal em sua vida. Para esta criança, jamais existirá pré conceito, já que ele foi eliminado pelo conhecimento da convivência."


A escolha profissional de Sofia destaca um importante principio do método construtivista de ensino. Segundo seu pai, na escola convencional ele se sentia em um balcão comercial. Onde se valorizava o "ter", educando através do principio de "ser", ser médico, ser advogado, ser bem sucedido. 


Já na escola construtivista o principio é o de "SER", como ressalta Sofia: "O sistema construtivista juntamente com meus pais nunca me impôs uma profissão que “desse dinheiro” ou que “tivesse nome” ou qualquer coisa desse tipo, mas sim algo que me fizesse feliz e realizada. Aprendi que o dinheiro é necessário para viver, mas não posso me sacrificar por ele. E se escolhesse uma profissão que me deixasse feliz, o dinheiro é somente uma consequência. Resumindo, não havia pressão para escolher isso ou aquilo. Eu deveria me conhecer primeiro para saber o que seguir na vida. E hoje estou muito feliz com esse curso “estranho”. risos!


"O ser humano é um ser holístico, e deve ser respeitado em toda sua complexidade. O formato de ensino cartesiano e massificado tem-se mostrado ineficaz diante da diversidade humana." É o que nos responde Ana Lúcia, quando perguntamos sobre o melhor sistema de ensino. "Não é possível afirmar qual o melhor, mas sem dúvida alguma, dar liberdade para que o indivíduo se expresse singularmente é o melhor caminho."


Ao encerrar nosso bate papo, o Sr. Nivaldo, pai de Sofia, ele afirma que na escola construtivista ele se sentia no quintal de casa. 


A forma espontânea e feliz com que Sofia se refere aos seus antigos professores e a escola me dão a certeza de ter feito a melhor escolha para o José.


"... não lembro de ser pressionada a aprender algo que tinha dificuldade ou de ser repreendida por ir mal em alguma prova. As diretoras e professores sempre estavam muito disponíveis e interessados em nós, e isso me fazia ter mais vontade de estudar." 






Reciclagem divertida
23/02/12
Olha só que ideia bacana a  Teresa Vilhena de Carvalho publicou esta semana.


Ótima oportunidade para duas lições aos nossos pequenos. Reciclar e organizar.


Achei super criativa, tanto para espaços pedagógicos como para o quarto dos pequenos. É só adaptar ao espaço, estou pensando em fazer para o José, um para todos os lápis, outro para o giz de cera... 


assim ele já vai aprendendo a diferença entre os materiais, e mais uma vez aprende a arrumar as coisas brincando.


Fica a dica, para as mamães e as pedagogas de plantão.










Proteger é dar liberdade.
30/01/12
Por vezes eu e meu marido somos criticados por incentivar a independência do nosso José.


Interessante é perceber o quanto esta liberdade o torna seguro dia a dia. 


Diante de todos os desafios que são postos ao José, como o escuro, o subir, o mexer com animais, ele sempre reage de forma segura e destemida.


Ao conversar com suas professoras na escolinha de educação infantil, os relatos sempre nos surpreendem com seus progressos. Parece papo de mãe coruja, e aqui não me defenderei, mas queremos sim que o José siga seguro e independente.


Vemos em nosso convívio social, que a presença dos pais é sempre supervalorizada, e deve mesmo o ser, mas por vezes ela compromete o desenvolvimento das pessoas. Vemos homens e mulheres muitas vezes incapazes de lidar com a perda de entes queridos, não epenas por saudade e ausência, mas por estarem completamente despreparados para seguir com a vida sem a figura protetora e por ver provedora dos pais.


Quando digo provedora, não me refiro a figura financeira, mas a pessoa que antes era responsável por prover o bem estar, cuidar do lar, do alimentar, do cuidado diário de seus filhos. Vemos adultos despreparados para lidar com o não, com o convívio entre diferentes, com os desafios diários.


E ao perceber o quanto o José é destemido,e corroboram comigo pedagogos e psicólogos, todas as crianças o são por natureza, vejo que cabe a nós pais, seguir com a função de protegê-los deixando-os livres.


As crianças tem a natureza humana da liberdade pura e simples, fortemente escrita em suas "pessoínhas", por nosso criador, somos nós adultos já corrompidos por crenças limitantes que as fazemos temer, quando deveríamos fortalecer seu espírito livre, dando a elas a certeza de que podem sim, e que podem ainda mais pois estamos aqui para apoiá-las.

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Olá Virgínia!!!

      Pesquisando a origem da ideia, encontrei a fonte e na verdade a imagem está invertida, os potes estão postos numa bancada. Mas a ideia também vale para fixar em parede e é bem simples. Você vai precisar de uma bucha adequada a sua parede, normalmente a 6 ou a 8, parafusos compatíveis,e arruelas com 2x o tamanho da cabeça do parafuso. Fixe a porca, coloque as garrafas com uma furação feita previamente, com ajuda de um prego quente por exemplo, coloque a arruela e então o parafuso.

      Segue a fonte da ideia.

      http://cacareco.net/2011/02/12/organizador-de-lapis-feito-com-reciclagem-de-garrafas-de-plastico/#more-5717

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Obrigada por acessar o PARAÍSO DA MAMÃE, e pela atenção em me enviar um comentário.